A Língua como objeto da Linguística
- Eunice
- 9 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
O autor Antônio Vicente Pietroforte, inicia o capítulo pela comparação da fábula de La Fontaine O Lobo e o Cordeiro, através dos tempos e as variações em diferentes línguas. Assim, é a fabula atraente aos linguistas, por oferecer um campo vasto para os estudos da língua.
Segue o autor referenciando-se ao teórico mais importante: Ferdinand Saussure pelo qual definiu um novo objeto de estudo para a Linguística, que a partir de anotações de aulas de seus alunos teve sua obra publicada no Curso de Linguística Geral em 1916 e após a morte de Saussure em 1913.
Embora no texto do Curso não deixa claro o termo dicotomias, é dessa forma que Saussure sistematiza os quatro pares de conceitos da Linguística. nos termos de Pietroforte:
Não se deve pensar, no caso de uma dicotomia presente no texto saussuriano, que se trata de algo que é dividido em dois, deve-se pensar de outro modo. Uma dicotomia em Saussure diz respeito a uma parte de conceitos que devem ser definidos um em relação ao outro, de modo que um só faz sentido em relação ao outro (PIETROFORTE, 2017, P.78).
Conforme explica o autor, Saussure considera a língua como um sistema abstrato de signos compostos por um significante (imagem acústica e o significado (conceito), pelos quais estão intimamente ligados e modelam a compreensão do mundo. Então, Saussure considera a língua um sistema de classificação e não uma nomenclatura (inexiste a ideia que as palavras) antecedem as coisas. Cada sociedade faz suas interpretações da realidade, a partir da variação dos signos linguísticos, contudo tal fato não impede a tradutibilidade entre diferentes línguas.
Há uma característica, relatada pelo autor, a partir dos estudos da obra de Saussure: o signo linguístico é arbitrário e imotivado pois não há uma relação direta para que um significante seja relacionado à um significado. Em certos casos, Saussure reconhece a possiblidade da existência de certos graus de certos graus de motivação entre significado e significante. Dessa forma, dezenove é um exemplo de relativamente arbitrário.
O autor relata sobre o princípio de arbitrariedade, segundo Saussure , que não cabe ao indivíduo desvincular o significado do significante, ele sozinho não exerce esse poder, visto que está inserido no grupo linguístico e submetido a ele.
Saussure, ressaltou a propriedade linear dos signos da língua, de modo que o significante, aqui representado pela fala ocorre sucessivamente e não simultaneamente.
Falando-se da dicotomia da sincronia, Saussure descreve o eixo da seleção como paradigma e o eixo da combinação como sintagma, ambos formam dois eixos de relações entre os signos linguísticos .
REFERÊNCIAS
FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística I Objetos teóricos , 2017.
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